Gavião-pega-macaco resgatado em Curitiba volta à natureza após tratamento em CAFS 06/09/2022 - 15:14

Animal foi resgatado pelo Instituto Água e Terra (IAT) no bairro do Pinheirinho, na capital do Estado, após ser encontrado por uma moradora na sacada do seu apartamento. A ave foi encaminhada ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) de Curitiba.

 

Um gavião-pega-macaco encontrado por uma moradora na sacada do seu apartamento, do bairro Pinheirinho, em Curitiba, voltou à natureza nesta segunda-feira (05). Ele foi resgatado pelo Instituto Água e Terra (IAT), após a moradora acionar o órgão ambiental estadual. 

A ave, animal de vida livre e classificada como vulnerável na lista de animais ameaçados de extinção, foi encaminhada ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), unidade da prefeitura da capital que atende animais vitimados em parceria com o IAT. A ave apresentava dificuldades para alçar voo e sinais de intoxicação por envenenamento.

Porém, após exames, ficou constatado que a ave estava debilitada após colisão em vidro, com sinais de traumatismo craniano. O gavião passou por atendimento intensivo com boa resposta individual ao tratamento, recebeu anilha e microchip de identificação e foi aprovado na avaliação de boas condições de soltura, voltando ao seu habitat natural na região da Serra do Mar. A soltura teve a supervisão do ornitólogo Pedro Scherer Neto.

CAFS - Durante o tratamento no CAFS, a ave recebeu medicações, passou por exames de sangue e radiografias. O Centro de Apoio a Animais Silvestres da capital paranaense é uma das cinco unidades no Estado que mantém parceria com o órgão ambiental estadual para atendimento a animais vitimados. 

Desde o início da parceria com o IAT, em janeiro de 2019, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba já socorreu mais de 9.000 animais silvestres resgatados em situação de risco ou apreendidos pela fiscalização.

Além de Curitiba, cuja parceria funciona com a prefeitura, estão em funcionamento CAFS em parceria com universidades estaduais: em Londrina (na UEL), em Cascavel (na Univel), em Guarapuava (Unicentro), e em Maringá (UEM). Também foi inaugurado um Centro de Triagem e Atendimento a Animais Silvestres (CETAS) em Ponta Grossa, uma parceria com o Instituto Klimionte.

ESPÉCIE - A espécie resgatada é Spizaetus tyrannus, popularmente conhecida como gavião-pega-macaco ou papa-mico. O seu nome é uma referência à sua predileção por se alimentar de macacos. Embora leve e pequeno, em comparação com outras águias, o gavião-pega-macaco é um poderoso predador que frequentemente caça presas relativamente grandes. 

Além de macacos, alimenta-se principalmente de grandes roedores e gambás. Trata-se de uma das águias-florestais mais observadas na Mata Atlântica, ocorrendo em quase todo o Brasil. Em Curitiba, é possível encontrar exemplares da espécie sobrevoando parques urbanos e outras áreas verdes da capital.

A ave é facilmente identificada pela plumagem preta em suas asas e corpo, com manchas brancas em alguns lugares. As quatro barras cinzentas na cauda são distintivas, assim como a linha branca vista ligeiramente acima do olho do pássaro.

RESGATE – Por se tratar de um animal silvestre, a orientação é acionar especialistas em casos de necessidade de resgate. A recomendação é entrar em contato com o órgão ambiental (municipal ou estadual) para receber orientações. Em casos de necessidade, profissionais são deslocados para efetuar o manejo e definir a destinação adequada do animal.

GAVIÃO-PEGA-MACACO

> A espécie resgatada é Spizaetus tyrannus, popularmente conhecida como gavião-pega-macaco ou papa-mico. O seu nome é uma referência à sua predileção por se alimentar de macacos.

> Embora leve e pequeno, em comparação com outras águias, o gavião-pega-macaco é um poderoso predador que frequentemente caça presas relativamente grandes.