Recomendações para Plantio
Escolha das Espécies
Devem ser selecionadas espécies nativas compatíveis com a região fitogeográfica do plantio. No Paraná, ocorrem diferentes biomas e formações vegetais, que devem ser considerados na escolha das espécies. São elas:
- Floresta Ombrófila Densa
- Floresta Ombrófila Mista
- Floresta Estacional Semidecidual
- Campos Naturais
- Restinga
- Cerrado
O IAT possui 19 viveiros que distribuem mudas de espécies de árvores nativas para todos os municípios do estado, com foco na adequação ambiental de propriedades rurais e recuperação de áreas degradadas, recomposição e enriquecimento de matas ciliares, projetos de restauração ecológica e na revitalização de áreas urbanas.
O mapa das regiões fitogeográficas do Paraná e as espécies indicadas para cada região podem ser consultadas em:Espécies produzidas nos Viveiros.
🡪 Técnicas de Plantio:
Recomenda-se intercalar os plantios com espécies de diferentes grupos funcionais, sendo 60% do grupo de preenchimento, que são espécies de rápido crescimento e boa cobertura de copa, e 40% do grupo de diversidade:
- Grupo de preenchimento: são espécies de rápido crescimento e boa cobertura de copa, o que possibilita melhor competição com espécies exóticas invasoras, principalmente as gramíneas agressivas, como a braquiária. Tem o papel de gerar um ambiente apropriado ao desenvolvimento das espécies que chegam ao longo do tempo.
- Grupo de diversidade: são espécies de crescimento mais lento, fundamentais para promover a biodiversidade da área no processo de sucessão ecológica, uma vez que substituem gradualmente as espécies de preenchimento, e, assim, ocupam definitivamente o local.
Espaçamento entre mudas: depende da espécie e do objetivo do plantio. O espaçamento mais comum em projetos de restauração é de 3 m x 2 m (três metros na entrelinha e dois metros entre plantas na linha de plantio).
Espaçamento 3m x 2m
Preparo da Área: Inicie a preparação com a abertura das covas, com dimensões de 30 cm × 30 cm × 30 cm. No fundo da cova, aplique adubo misturado com parte da terra retirada, evitando o contato direto do fertilizante com as raízes, a fim de prevenir sua queima. Após a adubação, retire as mudas do rocambole com cuidado, para evitar o destorroamento. Posicione a muda de modo que o caule não seja enterrado. Em seguida, preencha a cova com a terra retirada e realize a rega. Recomenda-se o coroamento ao redor da muda para reduzir a competição com plantas espontâneas. O material vegetal proveniente da limpeza pode ser reutilizado na superfície do coroamento como cobertura morta, auxiliando na retenção de umidade no solo.
Plantio da muda na altura do coleto.
Coroamento com 60cm de diâmetro.
🡪 Cuidados Pós-Plantio:
Após o plantio, a área deve ser isolada para evitar o pisoteio por animais. Deve-se monitorar a presença de formigas cortadeiras e outras pragas, que podem comprometer o desenvolvimento das mudas. Também é necessário controlar a rebrota de plantas espontâneas, que competem por nutrientes, água e luz.
Não plante espécies exóticas e/ou invasoras. Consulte as espécies nativas produzidas nos viveiros do IAT e a lista de espécies exóticas e invasoras do Estado do Paraná.
No caso de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD, observe as diretrizes constantes na Portaria IAT nº 17/2025.
Para maiores informações, acesse PRAD.
Quer saber mais?
Instituto Água e Terra
Diretoria do Patrimônio Natural
Gerência de Restauração Ambiental | Divisão de Produção de Mudas Nativas
Rua Desembargador Westphalen, 3206, Parolin | Curitiba/PR | CEP 80220-031
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