Paraná conta com mais de 1,6 mil hectares de área em Unidades de Conservação 27/06/2022 - 16:01

A maior ampliação de área condiz ao Parque Estadual Rio da Onça, que ganhou uma área de proteção quase 14 vezes maior, passando de 118,5 hectares para 1.659,7 hectares. Já o Monumento Natural Salto São João passou de 41,50 hectares para 55,07 hectares.

 

Com a ampliação da área de preservação ambiental do Parque Estadual Rio da Onça, no Litoral, e do Monumento Natural Salto São João, no Centro-Sul do Estado, o Paraná conta com mais 1.673,3 hectares de área preservada em Unidade de Conservação (UC).

As duas ampliações foram autorizadas na sexta-feira (24) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior pelo Decretos Estaduais nº 11488 e 11489, e são frutos de um amplo estudo pelo corpo técnico do Instituto Água e Terra (IAT).

“O objetivo é garantir a preservação de áreas que se constituem como patrimônio natural de todos os paranaenses, ou seja, remanescentes de vegetação nativa. Com isso, estamos garantindo a proteção da biodiversidade do Estado”, disse o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.

A maior ampliação de área condiz ao Parque Estadual Rio da Onça, que ganhou uma área de proteção quase 14 vezes maior, passando de 118,5 hectares para 1.659,7 hectares. Já o Monumento Natural Salto São João passou de 41,50 hectares para 55,07 hectares.

RIO DA ONÇA – A área de estudo para ampliação do Parque abrange quatro lotes de terras que atualmente pertencem ao Instituto Água e Terra. São eles: Gleba 03, Colônia Jacarandá, município de Matinhos, e áreas remanescentes da Ambiental Paraná Florestas S. A., contíguos à Unidade de Conservação.

Rio da Onça

 

O estudo técnico utilizou como principal fonte bibliográfica o Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio da Onça, elaborado em 2015, que já recomendava a sua ampliação, com anexação das áreas existentes no entorno imediato. O documento teve como base, também, o Estudo Técnico para Ampliação e Recategorização da Floresta Estadual do Palmito, feito em 2017.

O principal objetivo é a proteção de remanescentes de vegetação nativa no entorno do parque, abrangendo a região que se confronta com os limites de expansão urbana da cidade de Matinhos e balneários adjacentes.

O estudo do IAT apontou problemas nessas regiões, como pressão imobiliária, expansão urbana de Matinhos, corte ilegal da vegetação nativa, bem como a caça e a pesca predatória. São situações que podem danificar a fauna e a flora do local.

Além disso, o depósito irregular de resíduos sólidos nas áreas urbanas resulta na contaminação dos rios que passam pelo Parque. Os efluentes urbanos também comprometem a qualidade dos ecossistemas, que naturalmente se interrelacionam com o regime hídrico da região.

“As Unidades de Conservação são fundamentais para a preservação da biodiversidade local e conservação dos recursos hídricos e belezas naturais do nosso Estado”, afirma o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto. “A expansão do parque estimulará ainda mais a conscientização ambiental sobre a importância da proteção da natureza para a construção de um futuro ecologicamente sustentável para toda a sociedade”.

O Parque Estadual do Rio da Onça foi criado em 1981, ganhando este nome somente em 2012. Antes, a Unidade de Conservação (UC) era chamada de Parque Florestal do Rio da Onça. A alteração no nome do parque foi feita para atender as determinações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

O parque contém centro de visitantes, casa de pesquisa e cinco trilhas ecológicas, onde os visitantes podem participar de ações de educação ambiental e aprender sobre as principais espécies da fauna e da flora presentes na unidade.

A visitação acontece em um circuito retangular de aproximadamente 1.500 metros. O percurso começa no Centro de Visitantes, passa por cinco pontes e pelos rios Tiririca e Preto. No percurso, é possível contemplar áreas de Caxetais e de Restinga, com predominância de espécies vegetais vinculadas a ambientes úmidos.

DISPOSITIVOS LEGAIS - Além do SNUC (Lei Federal Nº 9.985/2000 e Decreto Federal Nº 4.340/2002), existem outros dispositivos legais que protegem essa região. Dentre estas, a Lei da Mata Atlântica (Lei Federal Nº 11.428/2006 e Decreto Federal Nº 6.660/2008), que regulamenta o uso e a proteção do bioma e o Código Florestal (Lei Federal Nº 12.651/2012), que estabelece outras áreas protegidas, como é o caso das Áreas de Preservação Permanente (APP); entre outras.

SÃO JOÃO – O Monumento Natural Salto São João é uma UC que está inserida no planejamento do Governo do Estado para concessão das atividades comerciais e turísticas à iniciativa privada, dentro do projeto Parques Paraná.

Salto São João

A UC fica a 22 km do Centro de Prudentópolis, no Centro-Sul, em uma área que impressiona pela beleza cênica. No meio de uma floresta de araucárias bem preservada, surge uma cachoeira com grande volume de água, com uma queda de 84 metros de altura e segue pelo Rio São João.

O local foi criado com o objetivo de garantir a proteção integral ao remanescente de Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucárias), flora, fauna e recursos hídricos, em especial a cachoeira e os paredões e demais recursos ambientais protegidos e seu entorno.

O local possui estacionamento com capacidade para 54 veículos leves e quatro ônibus, um centro de visitantes com anfiteatro, banheiros, lanchonete e loja de artesanato. A Gestão da Unidade é compartilhada entre o Instituto Ambiental do Paraná e a Prefeitura de Prudentópolis.


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AMPLIAÇÃO

As duas ampliações foram autorizadas pelos Decretos Estaduais nº 11488 e 11489.

Rio da Onça: passou de 118,5 hectares para 1.659,7 hectares.

Salto São João: passou de 41,50 hectares para 55,07 hectares.