Parque Estadual Pico do Marumbi (PEPM)

Horário de Atendimento:
Todos os dias, das 8h às 17h, portaria 24h

Chefe da Unidade:
Gabriel Camargo Macedo

Contatos:
Telefone: (41) 3432-0019 - (Estação Marumbi)
E-mail: pemarumbi@iat.pr.gov.br

Abrangência do Parque:
Morretes, Piraquara e Quatro Barras

Endereço:
Estrada do Itupava S/N - Porto de Cima, Morretes - PR, 83350-000

Aviso aos visitantes: O preenchimento do cadastro é obrigatório, assim como a assinatura do termo de conhecimento de risco que deverá ser entregue na portaria oficial do Parque.

Como chegar:

  • A principal forma de acesso é por trem, que sai diariamente, às 8h15, da Rodoferroviária de Curitiba e leva duas horas para chegar até a sede do Parque Estadual Pico do Marumbi, no município de Morretes.
  • O visitante também pode ir de ônibus, saindo de Curitiba até a rodoviária de Morretes, onde um ônibus municipal vai até o vilarejo de Porto de Cima.
  • Quem vai de carro de passeio pode seguir pela BR-116 e entrar na Estrada da Graciosa (PR-410), seguindo até o vilarejo de Porto de Cima (PR-411) e chegando no receptivo do IAT de Prainhas. Este trajeto também pode ser feito pela BR-277, virando na PR-408 (acesso a Morretes), seguindo pela PR-411 chegando no receptivo do IAT de Prainhas.
  • Partindo do receptivo de Prainhas até a Estação Marumbi, existe um trecho de 4,6 km que devem ser percorridos a pé, de bicicleta ou de carro com tração 4x4.

Localização: Municípios de Morretes, Piraquara e Quatro Barras

Mapa – Sede Prainhas

Mapa – Estação Marumbi

Criado pelo Decreto Estadual 7.300 de 24/09/1990, e ampliado pelo Decreto Estadual 1.531 de 02/10/2007, o PEPM possui atualmente 8.745 ha de área e configura uma Unidade de Conservação da Natureza de Proteção Integral, ou seja, é um Parque instituído com objetivo principal de conservar a rica biodiversidade local.

O PEPM está localizado em uma região dominada pela Mata Atlântica Ombrófila Densa em suas diferentes conformações que recobrem o Maciço do Marumbi – Serra que exerce papel fundamental na geomorfologia paranaense, constituindo o divisor assimétrico e marginal que separa a região litorânea dos planaltos. É zona de interflúvios entre a Bacia Hidrográfica Litorânea e a Bacia do Iguaçu e suas elevações se aproximam de 1500 m de altura, mas de maneira geral, eleva-se de 100 a 1000 metros.

Pela sua importância ambiental e posição geográfica (está posicionado na região quase central de um mosaico de Unidades de Conservação que protegem o Litoral do Paraná como um todo), possui parte de seus limites configurando divisas com outras Unidades tais como APA Estadual do Piraquara à sudoeste, PE da Serra da Baitaca à leste e PE da Graciosa ao norte, além de ser sobreposta à Área de Especial Interesse Turístico do Marumbi, uma vez que a região possui rica biodiversidade local, ecossistemas completos com abundante vida silvestre e comunidades tradicionais. 

Os primeiros habitantes do litoral paranaense acreditavam que a montanha do Marumbi era um vulcão passivo, místico e poderoso, pois muitas vezes ‘soltava fumaça’ de seu topo. Também diziam que em seu cume havia uma linda lagoa dourada, por isso, seu nome originário batizado pelos índios era "Guarumby", que em tupi significa "Montanha Azul". Porém, a conquista do ponto mais alto desta serra só aconteceu no ano de 1879 quando Joaquim Carmeliano Olimpio alcançou os 1539 m de altitude no Pico Olimpo, que hoje recebe seu nome como homenagem e que até a conquista do Pico Paraná, na Serra do Ibitiraquire na década de 1940, era considerado o ponto mais alto do Estado.

Esta conquista marcou o início do montanhismo por esporte no país, e por isso a Montanha do Marumbi é considerada o Berço do Montanhismo no Brasil atraindo até os dias de hoje milhares de aventureiros e montanhistas que buscam se desafiar nas trilhas íngremes, históricas e biodiversas deste maciço.

Incluem-se dentro do perímetro do parque:

  • Parte da histórica Ferrovia Paranaguá - Curitiba com diversas construções antigas tais como as Estações do Marumbi e Engenheiro Lange, Caixas D’Água de apoio à linha férrea, e antigas construções de infraestrutura no geral (É proibido transitar ao longo da linha férrea).
  • Salto dos Macacos:  situado aos pés da Serra da Farinha Seca (serra protegida pelo PE da Graciosa) o salto possui cachoeira principal com aproximadamente 40 m de altura e uma sequência de quedas do Rio dos Macacos que configura três piscinas naturais, sendo a última a piscina de borda infinita mais famosa do estado. É sem dúvida uma das mais belas quedas d´água do litoral paranaense e em dias de clima adequado também proporciona um visual espetacular do Conjunto Marumbi. A trilha que inicia junto a sede Prainhas do IAT e possui distância aproximada de 3,5 km com ganho de elevação de 350 m é considerada de nível médio de dificuldade, uma vez que é necessário atravessar pontos de rios para acessá-la. (*Não se aproxime dos limites dos penhascos, aconselhável o uso de perneiras) Horário limite para acesso - 09h.
  • Segmento do Caminho do Itupava: Trecho inicia no Parque Estadual da Serra da Baitaca, que permeia os vales dos Rios São João e Taquaral e têm no monumento de Nossa Senhora do Cadeado uma vista espetacular do Conjunto do Marumbi. Com início no PE da Serra da Baitaca, é uma trilha que conecta o planalto ao litoral instituída por jesuítas no séc. XVIII utilizando-se de vestígios de rotas indígenas no interior da floresta densa. Foi a principal ligação entre o planalto e a baía de Paranaguá até o final do séc. XIX com a fundação da estrada da Graciosa. Destaca-se neste caminho: a Casa do Ipiranga, a Roda D ́Água e diversas pontes pênsil além das rochas do chão que compõem o caminho. Trilha de alta dificuldade, possuindo aproximadamente 19 km de extensão até a sede Prainhas do IAT.
  • O Conjunto do Marumbi: formado por diversos Picos que superam os 1000 m de altitude, possui, por questões de segurança, acesso autorizado apenas nos quatro principais: Pico Olimpo (1.539 m), Gigante (1.487 m); Ponta do Tigre (1.400 m); Abrolhos (1.200 m); e Morro Rochedinho (625 m). De modo geral, para qualquer das trilhas do Conjunto, as formações rochosas, a vegetação e os rios, são os fatores do ambiente mais marcantes e chamativos, sendo que a presença de eventuais representantes da fauna, ou de elementos climáticos destacáveis como nuvens, ventos fortes ou chuva, podem, de acordo com as circunstâncias, atrair a atenção dos visitantes. Os quatro principais picos podem ser acessados por duas vias que formam a Trilha Circular do Conjunto e são descritas a seguir:
    • Trilha Noroeste (vermelha): com início na Estação do Marumbi, percorre a vertente noroeste do maciço, chegando primeiro à bifurcação de acesso do Pico Abrolhos e seguindo sentido Ponta do Tigre e Gigante. A trilha percorre vertentes de vales da montanha conhecidos como Vale das Lágrimas – referência ao escorrer e gotejamento constante na rocha do maciço principal, Vale da Catedral – referência ao vale correspondente a região formada entre a parte posterior do pico Esfinge e o Maciço principal; além do Apartamento 11, região em que a trilha passa por debaixo de um conjunto de rochas gigantes que se equilibram entre os maciços; é considerada trilha de dificuldade alta, possuindo até o cume da Ponta do Tigre aproximadamente 4 km de extensão e 1000 m de desnível, com declividades variando de 45 a 75%. Deve-se atentar para a escassez de água potável pelo caminho, tendo apenas alguns pontos de córregos intermitentes à disposição para uso apenas após desinfecção. 
    • Trilha Frontal (branca): caminho mais íngreme e direto até o ponto mais alto do conjunto, o Pico Olimpo. Destaca-se seu trecho inicial que corre diversos minutos em paralelo ao rio Taquaral, que oferece diversos recantos naturais e apresenta paisagens muito belas, como a Cachoeira dos Marumbinistas. A vista em sua parte final para o vale formado entre o maciço do Marumbi, da Baitaca e Farinha Seca fazem o sacrifício do trajeto valerem a pena; também possui trechos “emocionantes", como as famosas passagens em correntes de ferro sobre blocos e rampas de pedra e seus temidos grampos. É considerada de dificuldade alta, possuindo aproximadamente 3 km de extensão e ganho de altimetria de 1100 m.  A partir dele, pode-se seguir para o cume da Ponta do Tigre, passando pela crista do Gigante e fazendo a rota circular do conjunto.
    • Morro do Rochedinho: é a opção mais fácil de todo o conjunto – possui distância aproximada de 2km a partir da Estação do Marumbi; de seu cume é possível vislumbrar a extensão verde que recobre o parque, trechos da ferrovia – no qual destaca-se a Ponte São João e alguns viadutos, além de visão privilegiada para o Maciço do Marumbi.

O Parque Estadual Pico do Marumbi está coberto predominantemente pela Mata Atlântica Ombrófila Densa em suas fitofisionomias ocasionadas pela diferença altimétrica.

Possui vegetação de florestas de terras baixas, de submontana, de montana e altamontana abrigando espécies como bocuva (Virola oleifera), a figueira-mata-pau (Coussapoa sp.), o ingá (Inga sessilis), o tapiá (Alchornea triplinenúa), guapuruvu (Schyzolobium parayba), o cedro (Cedrela fissilis), o jequitibá (Cariniana estrelensis), poáceas (gramíneas, bambus), ciperácea (Cladium fictium), entre outras.

A rica floresta também abriga uma grande variedade de fauna tais como insetos, anfíbios, aves, pequenos e grandes mamíferos, representados pela família Brachycephalus (anuros), Serelepes (Guerlinguetus ingrami), roedores da família Echimydae, arapongas (Procnias nudicollis), família Saíras (Trauphidae), gato Maracajá (Leopardus wiedii), jararacas (gênero Bothrops) entre diversos outros. 

Os funcionários da Unidade de Conservação têm autoridade para intervir em casos necessários.

Recomendações

  • Repelente, protetor solar e roupas confortáveis são essenciais, agasalho para frio e chuva;
  • Chegue cedo para um retorno seguro ainda a luz do dia;
  • Siga as orientações de segurança dadas pelo Corpo de Socorro em Montanha – COSMO e pelos funcionários do Parque;
  • Use perneiras para maior segurança contra picada de animais peçonhentos, assim como luvas;
  • Use calçados sempre fechados e confortáveis;
  • Traga uma lanterna por pessoa, com carga/pilha reserva;
  • Comida e água são importantes (mas lembre-se de trazer todos os resíduos de volta, incluindo os resíduos orgânicos, a exemplo de cascas e sementes de frutas);
  • Contribua com a conservação do Parque Estadual Pico do Marumbi andando somente pelas trilhas sinalizadas e locais de descanso permitidos;
  • Procure andar sempre em grupos pequenos;
  • Procure andar em silêncio, contemple a natureza, tire apenas fotografias;

Atividades proibidas:

  • Realizar quaisquer atividades ou adotar conduta em desacordo com os objetivos da unidade de conservação, o seu plano de manejo e regulamentos;
  • Transitar na linha férrea;
  • Adentrar em áreas intangíveis do Parque;
  • Ingresso de animais domésticos;
  • Fumar;
  • O consumo de bebidas alcoólicas;
  • Acampar em áreas não destinadas a esta prática;
  • O uso de equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
  • Qualquer tipo de comércio ambulante na área do Parque;
  • Andar de carro ou moto fora do estacionamento;
  • O abandono de lixo, detritos de qualquer natureza ou outros materiais que maculem a integridade paisagística sanitária ou cênica da área;
  • Sair fora das trilhas previamente demarcadas e sinalizadas;
  • A prática de atos que possam provocar incêndios na área (fogueiras e churrascos);
  • Porte de facas, facões, foices, assim como de quaisquer outras ferramentas manuais de corte, armas de fogo, motosserras e equipamentos que causem distúrbios sonoros na área;
  • Coletar, depredar, entalhar e desgalhar as espécies arbóreas mantidas nas diversas áreas do Parque;
  • Caçar, pescar, coletar e apanhar peças do meio físico e de espécimes da flora e da fauna em todas as zonas de manejo, ressalvadas aquelas com finalidades científicas, desde que autorizadas pelo IAT - Diretoria do Patrimônio Natural (DIPAN);
  • A entrada de pessoas, veículos e equipamentos dentro do Parque não autorizados pelo IAT;
  • Alimentar e assustar os animais;
  • Negar-se a identificação pessoal, quando solicitada pela Fiscalização.

Observação: Qualquer dano promovido pelo visitante sujeitará o mesmo às sanções previstas na legislação ambiental vigente.

Para sua segurança:

  • Em caso de mal tempo reavalie seu passeio, para visitar alguns atrativos existem condições climáticas e de segurança que devem ser consideradas;
  • Constatado risco por mal tempo ou qualquer situação adversa, os funcionários do parque podem intervir;
  • O cadastro é sua garantia de socorro numa emergência;
  • Evite tanto caminhar sozinho, como em grupos muito grandes;
  • A visita ao Parque é realizada por trilhas. Evite danos ao meio ambiente não saindo das trilhas indicadas;
  • Em caso de acidente, procure avisar a administração do Parque o mais rápido possível;
  • Obedeça a sinalização, a orientação dos funcionários e voluntários.

Portaria IAT n. 489/2023 - Regulamenta e normatiza os procedimentos para a utilização de visitantes do camping do Parque Estadual do Pico Marumbi.
Portaria IAT n. 505/2023 - Retifica a Portaria IAT nº 489, de 20 de novembro de 2023, no parágrafo 1º do artigo 3º, onde se lê “Decreto Federal nº 6.540/2008”, leia-se “Decreto Federal nº 6.514/2008".

O cadastro deve ser preenchido na chegada à Unidade de Conservação, para segurança do visitante e para a gerência do Parque elaborar estatísticas de atividades, acesso, procedência, faixa etária, etc.